Mais uma das perguntas que me costumam fazer e que eu,
como um tanto convencido que sou, nunca me recuso a responder, mesmo correndo o
risco de dizer disparate. Mais vale ter uma opinião errada, do que não ter
nenhuma.
O que é
gozar a vida?
Aqui
tenho mais uma pergunta disparada entre um “bom dia” e um “até logo”. Confesso
que não gosto da palavra “gozar”, é muito dual, tem muitas leituras, prefiro “O
que é viver a vida” e é sobre isso que vou discorrer.
Pablo
Neruda escreveu “Confesso que vivi”, eu não tenho esse imenso mundo de
vivências para escrever, mas; e como estou na meia-idade, direi “Confesso que
sonho”. E acreditem, eu trago comigo os melhores sonhos do mundo, sonhos que
vivo como se fossem reais. E quem pode afirmar que o não são?
Para
mim, “ viver a vida” seria…; um pequeno pedaço de terra junto a um rio, uma
casinha branca e azul, com um alpendre onde me sentar abraçado á minha
companheira nos serões quentes de Agosto. Uma horta e a venda dos produtos de
porta em porta. Regar a terra com suor do meu corpo e viver contando os
tostões, mas com muito amor.
Falta-me
muito é bem verdade, mas tenho o mais importante. Um coração fora do peito que
sonha o mesmo sonho que eu, na mesma sintonia. Que se vê no fogão, sonha com a
cor dos cortinados e briga e amua, quando lhe digo que faço desconto ás donas
de casa mais bonitas.
Como
veem, para viver a vida, não é preciso muito, para se ter tudo.
Para
mim que sou homem, que gosto de mergulhar as mãos em emoções e sentimentos,
viver a vida é ser capaz de tocar o coração de uma mulher.
Um
gesto tão complexo e bonito que eu já consegui algumas vezes.
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