Já
vem chegando por aí, novo Natal
A
falsidade feliz aflora a cada boca
Uma
ânsia de oferecer fingida, louca
Eu
sempre neste tempo me sinto mal
A
inveja p’lo vizinho, é sempre igual
Todos
querem usar da melhor roupa
São
dias de excesso, ninguém poupa
Depois,
a vinte e seis, volta o normal
Tratar
o próximo como sendo estranho
O
passar-se ombro a ombro, sem olhar
Costumeiro
desinteresse usado todo ano
Para
quê tratar os outros assim tão mal?
Fingirmos
a bondade como puro engano?
Vivemos
uma crise de valores, em Portugal.
(jag
– 12/12/20)
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