A minha maneira de me sentir a gosto na escrita,
Setembro/2011.
Monólogos
Como dizia o velho Thomaz:
“- Não venho a esta linda terra desde a última vez que cá estive”.
É verdade! Há muito, nem
sei o quanto, não visitava o “Crónicas” nem o meu compadre Mello. Não temo que
ele por isso me leve a mal, sabe que sou um pouco bicho do campo e quando
apareço não sou de grande serventia. Obrigo-o quase sempre a gerir-me os
silêncios, este meu jeito macambúzio é desesperante. E eu, esqueço-me de lhe
pedir desculpas.
Somos um pouco diferentes,
como as duas faces da mesma moeda. Mas talvez por isso mesmo nos entendamos tão
bem, não precisamos de falar para estar de acordo, basta um olhar para atingir
a sintonia.
Ele é um pouco desabrido,
gosta de escrever palavras como quem atira pedras, eu sou calmo, prefiro calar
a retorquir.
Mas como temos só uma e a
mesma génese, passamos pelos mesmos desconfortos, por motivos semelhantes.
Ambos estamos a sair de uma
fase menos boa. Pequenas desilusões do quotidiano. Achaques de quem acredita
que as palavras são eternas, como os diamantes, e se espanta sempre por não ser
assim.
Mas o pior já lá vai, vamos
tentar valorizar o que é, sem pensar muito no que seria, se…, adiante.
Despeço-me por hoje, já
escrevi demais do que é costume.
É hora de voltar á minha
vida mansa. Santas tardes, compadre.
- j a godinho -
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