Mais um encontro, sempre agradável, com o meu amigo
Carrapato, datado de Julho/2011.
Encontros
Chegou com o ar amigo e respeitoso de sempre, é um
homem que inspira confiança, que se vê à distância que traz consigo uma imensa
bagagem de saber empírico. Fala devagar, como um amigo e diz sempre alguma
coisa inesperada, daquelas verdades muito óbvias, depois de ditas.
Desta vez trazia nos olhos uma luz nova, como quem
olha as coisas pela primeira vez, e um sorriso travesso nos lábios. Não lhe
perguntei o motivo, porque a nossa relação não é feita de perguntas. De moto
próprio nos damos as respostas quando estão maduras, elas, as respostas e nós
próprios.
Deixou-me
este pequeno texto que eu identifico como prosa poética e a que atribui o
título de:
“Sentires
Rurais”
Sou
um pastor sem rebanho
A
que há muito perdi o rasto
Sem
braços para o cajado
Só
posso guardar os sonhos
Que
há meses trazes grudados
Nas
pontas dos teus cabelos
Despediu-se com o tão dele; Santas Tardes e o
agora eterno sorriso enigmático…
E eu fiquei a pensar com os meus botões:
- Aqui há gato…
- j a godinho -
Esta prosa, trás a simplicidade do povo do campo
ResponderEliminarPovo simples, sincero e sempre cheio de sonhos.
Amo esta vida, identifico-me muito com ela.