Escrever a eito
Quando
não tenho que escrever, saio de mim e procuro-me. Mas hoje felizmente tenho.
Deve estar a fazer nove anos por esta altura, que comecei a escrevinhar.
Textos
reativos a que eu dava o nome de “crónicas do planalto” e que depois vieram a
batizar o meu primeiro blogue.
Eram
pequenos textos parecidos com um diário, que enviava por e-mail para os amigos.
Deles comecei a ter as minhas primeiras críticas positivas e deles veio a ideia
de fazer um blogue. Veio a surgir em Maio/2008 e de lá para cá continuou
ininterruptamente. Hoje chama-se Crónicas de Seda, e já esteve quase a ser
Crónicas do Exilio. Sim, eu já estive a ponto de me exilar em tempos de
democracia, mas essas são outras histórias, que não cabem nesta.
Hoje
apeteceu-me escrever um soneto desencantado. A meio, mostrei-o a uma amiga e
ela chamou-lhe “Natalite”. Estou na fase de desencanto, mesmo. É sempre assim,
quando depois de um livro começa a chegar a vontade de escrever, a princípio
seco e desencantado, depois o balão vai enchendo, ganho o gosto, até atingir a
fase de euforia em que consigo escrever sem quebras de tempo.
Á
custa de tanto me escrever, já vou sabendo o que a casa gasta.
(jag
12/12/20)
Sem comentários:
Enviar um comentário