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“ VIDA “ -----
Não era fácil a vida nos anos sessenta e
foi aí que começou o êxodo da população jovem, do Alentejo. Para o Brasil,
África, (muitos jovens ficavam lá após o serviço militar e mandavam ir as
companheiras), para a França e Alemanha, (a salto, muitos para escapar à
guerra, que começou em 61). Sei, de ouvir falar, que nesse tempo houve famílias
de Seda que se prepararam para ir para Angola. Venderam ao desbarato os poucos
haveres de casa para juntar dinheiro para as passagens e nos últimos dias foram
impedidos de partir. Os lavradores fizeram pressão, junto do governo, alegando
falta de gente para trabalhar. A mesma gente, que, passava meses sem trabalho,
porque eles, não os contratavam. Só sabiam encher a pança à custa de muita mão-de-obra,
logo, mal paga. Chulos.
Foi o que estagnou o país, uma indústria
e agricultura de incompetentes, que viviam à conta de um estado que eram eles,
pronto a fornecer-lhe trabalho escravo. Enriqueceram a sugar o sangue e suor
alheio.
Felizmente sempre fui pobre, não tive na
minha ascendência nenhum destes miseráveis ou os criados que os serviam, nada
me envergonha nem faz ter nojo do pouco que tenho.
Rio-me, a bom rir, das crias dos vampiros
e seus lacaios, que hoje são grandes anti comunistas, porque estes não são
democratas, como se as suas raízes se fincassem na democracia e não no esbulho
e na servidão mais vis.
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