Não acho este poema triste, pese embora o tema o
pareça. Antes pelo contrário, tem ritmo e um final divertido de
tragi-comédia.
Rumo ao Fim
Sou filho da pouca sorte
Nasci num dia de azar
Tenho entrevista com a morte
Por mais caminhos que corte
Lá nos vamos encontrar
Eu chego de peito aberto
Ela de foice empunhada
E quanto mais chega perto
Mais sinto que tenho certo
O fim desta caminhada
Não tenham pena de mim
Já estava tudo acertado
Quando ela chega, por fim
Volteia a lâmina e assim
Cai meu corpo decepado
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