“Não devo nada aos Capitães de Abril” diz o
bestial (de besta), cronista da nossa praça.
O
homúnculo não entende que lhes deve todos os escarros que há décadas vem
cuspindo nos jornais. Sem eles, em ditadura o valente idiota, estaria a viver
em internamento compulsivo, num qualquer asilo de doidos varridos.
Deve-lhes,
o ter sido deputado na Assembleia da República, o ter-se tornado conhecido como
a “coisa” mais ridícula que alguma vez teve assentou naquela casa.
Assisti
uma vez em televisão, a um debate do deputado Valente, com a velha raposa, José
Magalhães e senti pena como o Magalhães o roeu, cuspiu e o deixou reduzido ao
que é, pó de traque. Lembro-me como a alarve criatura gaguejava e espumava da
boca. Da maneira como se contorcia na cadeira, com olhar esgazeado, qual touro
a procurar a porta de saída da arena, para se furtar às farpas certeiras do
colega que o lidava. Ele que já de si é um absurdo de tiques esquisitos, parecia
um controlado por um cérebro demente. Foi espetáculo mais degradante que alguma
vez vi, em televisão.
Deve-lhes,
o ganhar a vida a escrever os mais desconchavados dislates, ele, que como dizia
Almada Negreiros de Dantas, faz a única coisa que não sabe; escrever.
Certamente que, como o famigerado Dantas, também cheira mal da boca.
Morra
o Valente! Pim.
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