In ARRUMADOR DE PALAVRAS «O
Livro»
Gosto muito deste soneto, fala muito de mim, do novo
eu, de uma maneira nova de me ver. Do meu viver acompanhado.
Renascer
Depois de séculos a viver
enclausurado
Anos sem fim de tristeza e
abandono
A ponto de me sentir, qual cão
sem dono
E não almejar mais que um fim
esperado
Voltaste á tarde de um dia, no
passado
E tornaste verão, aquele meu
outono
De longos dias de modorra,
tédio e sono
Num mundo bem diferente,
ensolarado
Essa luz dos teus olhos negros,
negros
Iluminados p’ lo teu sorriso
cristalino
Que me fala de outras vidas e
segredos
Me dão esperanças tais, que
qual menino
Imagino, tocar teu rosto c’ os
meus dedos
E ser dono e senhor do meu
destino.
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