sábado, novembro 20

Solidão (Eleonor de Vasconcellos)

Vem a noite, desce a lua e a escuridão.
Sinto-o, agora, aqui perto de mim,
É sombra, é segredo e perturba-me a razão.
Fala em silêncio, grita baixinho,
Este triste coração …

Aquele ser misterioso
Embala meu sono, agita os meus sonhos.
E a voz que canta em minha alma
Vaguei errante, ao sabor do vento,
Muda, calada,
Grita para dentro!

Quero alcançar-te, a ti, felicidade!
Mas tu voas para longe, não te deixas encontrar.
Procuro, luto e sonho …
A angústia vence a coragem,
O medo toma conta de mim,
Não me deixa fazer esta longa viagem
Até ti, até à felicidade!
Agora, é vaga …
Contigo, não tem fim…


04/06/2010

2 comentários:

  1. Lindo!
    Como todos os poemas de Eleonor Vasconcelos! Deixam-me sempre a pensar em ti...!

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  2. Podes crer que são tal e qual a autora, lindos mesmo.
    Eu sou bem mais alegre, quando não estou com a "macaca", claro.

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