Uma maneira de me ver a mim mesmo. Verdadeira?
Autorretrato
Homem maduro, na casa dos cinquenta
Divertido, folgazão, namoradeiro
Para rir de mim mesmo sempre o
primeiro
Bastas vezes sou de trazer pêlo na
venta
De má figura, nunca fui bonito mesmo,
Sou dedicado, sonhador, sou de ilusões
E procuro despertar sempre emoções
Quando fico mais bravo, escrevo a esmo
Trago comigo algumas poucas amizades
Dentro do peito um grande amor ausente
Vivo o presente, sem futuro, nem saudades
Gosto do eu, o que aqui está, o do presente
Do que se mostra, sem pudor e sem vaidades
E é capaz de ser, escrever, dizer que é gente
- j a godinho -
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