Uma das minhas primeiras
aventuras no soneto, a musa inspiradora não gosta do título, preferia “A
um amor presente”. Janeiro/2011.
A um amor ausente
Andava eu destas coisas distraído
Sem cuidar, ter noção, saber sequer
Que lá no fim do mundo uma mulher
Sonhava ter-me um dia por marido.
Após toda uma vida triste e dura
De dias, meses, anos, só de dor
Descobrir ter direito a um amor
Um pedaço de querer e de ternura.
Sabemos não ser raro que
aconteça
O acaso nesta vida nunca
pára
P’ra quem por mera sorte, ou o mereça
Suceder à noite escura a manhã clara.
Mas nunca me passou pela cabeça,
Descobrir ganhar um dia o amor da Mára.
- j a godinho -
Sem comentários:
Enviar um comentário