Ela
era uma mulher gira, apesar de tudo. Birrenta…, todas as noites inventava um
pretexto para ficar zangada. Mas o entusiasmo com que sempre fazia as pazes,
levavam a desconfiar.
Estavam
deitados nus, sob o lençol.
Ele
apoiado no lado esquerdo com a mão sob o rosto e ela de costas viradas, á
distância de dois palmos.
Ele
acariciou-lhe o cabelo, ela deu-lhe uma palmada e resmungou:
-
Faz favor de estar quieto. Irrahhhh!
Ele
sorriu. Tinha vivido aquele início de filme tantas noites. Depois…, depois o
filme mudava sempre e terminavam a dormir abraçados numa confusão de odores e
suores.
Ponteou-lhe
a curva do pescoço com o indicador e ela refugiou-se na beira da cama, á
espera.
Encostou-se,
para lhe dar a saber como estava feliz, trincou-lhe o pescoço e lambeu-lhe
longamente a nuca. A mão direita percorreu os seios e ventre dela, em
movimentos suaves e redondos.
Ela
aconchegou-se, o corpo ganhou lassidão e gemeu. Ele acariciou-lhe as nádegas,
introduziu a mão entre as coxas e levantou-lhe a perna. Desceu na cama,
posicionou-se e …
-
É hora de beber água, Senhor Vicente.
-
Raios-a-partam! Eu estava a sonhar.
-
j a godinho -
Sonhos são sonhos mas, eu li até ao fim, na esperança de ver o resultado.
ResponderEliminarGostei e voltarei a ler, mesmo que tenha que dizer que sou anónimo.
José Calado