Foi
há 39 anos e eu vivi. Era como hoje uma quinta-feira, manhã cinzenta e chuvosa,
do que paradoxalmente foi o dia mais brilhante da minha vida. “Luminoso e claro”
como escreve Sophia.
Eu,
menino de 14 anos, filho de trabalhadores rurais analfabetos, sabia só o que nos
inculcavam no espirito, “a nossa política é o trabalho”. Mas rapidamente
percebi, que nunca mais nada seria igual.
O
meu país era cinzento, habitado por homens tristes e castrados, sem direito de
sonhar.
Hoje
sou um homem de meia-idade que todos os dias se escreve livremente, sem medo de
ser e de dizer.
Que
importância tem o meu tamanho físico ou intelectual?
Que
importância teem as amarras que me prendem ao que sou?
O
importante é o sonho que cada um de nós ousa ter e exprimir em liberdade.
Porque
todo o homem é sempre do tamanho do seu sonho.
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j a godinho 25/04/13 -
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