É um dos meus textos mais
antigos, talvez 2009. Ao princípio tinha como sub-título (influências). Ainda
hoje me dizem que tem muito de Cesário Verde, fico contente por ter apanhado “o
clima” de alguém que gosto muito.
Aguarela Rural
Bem noite ainda, de um escuro imaculado
Vou para os campos de maresias e geadas
Ao som de chocalhos e balires por todo o prado
Abro o redil, escancaro todas as portadas
É um regalo ver as pressas dos carreiros
De ovelhas espalhando-se p’la ladeira
Procurando landes, sementes dos sobreiros
P’ra matar a fome duma noite inteira
Acolá a mãe que as recentes crias
Amamenta com um olhar de tal amor
Mal elas se distanciam em correrias
Lança um balido de cuidado e dor
Mais ao longe um casal enamorado
Investe no futuro do
rebanho
É a natureza no seu jeito acostumado
De cuidar do meu pão e do meu ganho
Tanta alegria me dá este labor
De mourejar meus dias p’lo montado
Que sempre graças dou ao Criador
Por me fazer alentejano e guardar gado
- j a godinho -
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarÉ lindo do começo ao fim.
ResponderEliminarUma criação bem diferente do autor.
Quem o conhece fica surpreso.
As palavras impressiona e emociona.
O título é bem original.
Bela obra !
Joaquim,
ResponderEliminarnenhuma publicação no dia de hoje...
Estou preocupada...
O que aconteceu ????
Kd vc ???
Lú :(