Soneto do 1º dia de
Outono/2011. Sem falsas modéstias, um dos meus melhores trabalhos.
Vira Tempo
O Outono entra hoje de mansinho
Acordo de manhã ‘inda ensonado
Ao som de chocalhos e balir do gado
Ali, mulheres colhem uvas para vinho.
Os campos já sem rasto de verdura
Do restolho, sobejou só a memória
E sempre se repete a mesma história;
Imploramos pela chuva, uma brandura
É assim pelos campos onde habito,
Primavera, verão, Outono, Inverno,
Num ritmo de viver, calmo e bonito.
Que o tempo de mudar-se é eterno,
Ficando tudo igual e em seu sítio,
Num aquém Tejo, quieto e mui sereno
- j a godinho -
Quando lemos este poema, sentimos um sabor doce,
ResponderEliminarcomo de uvas maduras nas parreiras.
Suas palavras a rimar... como por encanto,
nos remete a uma vida no campo...
Sutilmente simples e boa.
Confesso este é um dos meus prediletos!
Parabéns !!!
Lú