Este texto começou a ser escrito sem nenhuma ideia pré-definida. Tinha o primeiro verso, e mais nenhuma linha de rumo. Foi a duras penas que alinhavei as duas primeiras estrofes, depois sem quase saber como, saiu o resto. E ao ler no fim o que tinha escrito, descobri um intenso “cheiro” a fado. E chamei-lhe assim:
Fado da Espera
Estou sentado á minha porta
Numa tarde quente e morta
Tentando ver-te passar
Tu ainda não passaste
Á nossa jura faltaste
Sinto ganas de chorar
Passam minutos e horas
E tu não vens ou demoras
Fico p’ra lá de magoado
Mas é assim a minha vida
Apesar de tanta ferida
Tento cumprir o meu fado
Já lhe vou ganhando o jeito
De sublimar no meu peito
Esta dor de te não ver
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