Depois de séculos a viver enclausurado
Anos sem fim de tristeza e abandono
A ponto de me sentir, qual cão sem dono
E não almejar mais que um fim esperado
Voltaste á tarde de um dia, no passado
E tornaste verão, aquele meu outono
De longos dias de modorra, tédio e sono
Num mundo bem diferente, ensolarado
Essa luz dos teus olhos negros, negros
Iluminados p’ lo teu sorriso cristalino
Que me fala de outras vidas e segredos
Me dão esperanças tais, que qual menino
Imagino tocar, teu rosto c’ os meus dedos
E ser dono e senhor do meu destino.
- j a godinho -
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