Trago o vento nas palavras
Palavras que não são minhas
Que como ervas daninhas
Nascem espontâneas e bravas
Umas de raiva e compridas
Pintadas de preto e dor
Há as que passam calor
Breves, quentes e sentidas
Fujo sempre da nortada
Que chega fundo, enregela
Mal fica a noite serrada
Sou guardião, sentinela
Do sossego da manada
Até ao raiar da estrela
(Joaquim Carrapato)
Belo soneto!!! Dá prazer lê-lo em voz alta: as palavras ficam bem, ditas! Tudo rima, tudo bate certo!!! Bom trabalho, adorei :)
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