"Sou totalmente a favor do casamento gay entre os actuais políticos. Tudo o que contribuir para que eles não se reproduzam, é bom para o País. "
quinta-feira, setembro 30
Chança
DIA DA FREGUESIA DE CHANCELARIA DE TORRES NOVAS
A Junta de Freguesia de Chancelaria de Torres Novas, comemorou o seu Dia em 16 de Setembro passado, mas os festejos decorreram dia 19 (Domingo).
A Freguesia de Chancelaria de Alter do Chão foi convidada a assistir aos festejos, e, para isso deslocaram-se 38 convidados da nossa Freguesia. As fotos demonstram a satisfação de todos e a maneira calorosa de como fomos recebidos por todos, nomeadamente do Sr. Henrique Reis, Presidente da Freg de Chancelaria de Torres Novas. Por volta das 10H30, recepção dos convidados pela Banda da Freguesia, de seguida o hastear das bandeiras. Nas instalações da Junta foram entregues medalhas aos representantes de Chancelaria de Alter do Chão, pelos seus homólogos. A seguir percurso guiado pelo Presidente Henrique Reis, no autocarro a toda a Freguesia: Capela da Pena, Igreja Matriz, Moinhos e Lar de Idosos. Almoço nas Instalações da Colectividade local, onde houve troca de lembranças e feitas homenagens aos Homens e Mulheres que se notabilizaram na Freguesia de Chancelaria de Torres Novas.
Agradecer a maneira carinhosa de como todos fomos recebidos por todos. Convite aos nossos anfitriões de agora passarem a ser os nossos convidados em 2011, no nosso Dia de Freguesia. Agradecer também as boas práticas de condução realizadas pelo Ricardo.
Ecos do Tempo
Vinha de uma pessoa conhecida, irmã de um amigo.
Pessoa que na voragem do tempo estava perdida na minha memória.
O "Crónicas" trouxe-me, graças a ele, uma vida de há tantos anos que nem vale a pena contar.
É uma carta pessoal, bonita, comovente.
Com palavras que certamente não mereço mas sempre muito gostosas de ouvir.
Obrigado Maria
Eutanásia I
Há tempos fiz um trabalho no âmbito d’ As Novas Oportunidades, sobre Eutanásia. Como sei que o tema também interessa a colegas meus, vou voltar a edita-lo aqui no “Crónicas”.
Não está muito bom, se não me falha a memória, fi-lo em meia hora, enviei por mail e foi-me imediatamente devolvido aprovado.
Não gosto muito do texto porque não consegui o distanciamento que seria necessário á objectividade, envolvi as minhas emoções. Já me imaginei um dia a requerê-la.
Para quem infelizmente não tem dificuldade para lidar com temas polémicos, quem confunde ser com estar, suicídio com eutanásia, impostos com investimentos, aqui fica como ajuda desinteressada.
Amanhã cá estará.
quarta-feira, setembro 29
O Meu "Desassossego"
Fragmento 1
(O Livro do Desassossego)
"O coração, se pudesse pensar, pararia."
"Considero a vida uma estalagem onde tenho que me demorar até que chegue a diligência do abismo. Não sei onde me levará, porque não sei nada. Poderia considerar esta estalagem uma prisão, porque estou compelido a aguardar nela; poderia considerá-la um lugar de sociáveis, porque aqui me encontro com outros. Não sou, porém, nem impaciente nem comum. Deixo ao que são os que se fecham no quarto, deitados moles na cama onde esperam sem sono; deixo ao que fazem os que conversam nas salas, de onde as músicas e as vozes chegam cómodas até mim. Sento-me à porta e embebo meus olhos e ouvidos nas cores e nos sons da paisagem, e canto lento, para mim só, vagos cantos que componho enquanto espero.
Para todos nós descerá a noite e chegará a diligência. Gozo a brisa que me dão e a alma que me deram para gozá-la, e não interrogo mais nem procuro. Se o que deixar escrito no livro dos viajantes puder, relido um dia por outros, entretê-los também na passagem, será bem. Se não o lerem, nem se entretiverem, será bem também."
Bernardo Soares (Fernando Pessoa)
Este foi durante muito tempo para mim o Pessoa mais hermético. Agora, talvez devido ás vicissitudes da vida, releio-o e acho-o claro. Revejo-me em cada palavra, em cada respirar do texto. Encontro-me nas situações, nos pensamentos, porque vivo tudo o que heterónimo sonhou. Eu sou um pouco da sua inquietação e desassossego-me com ele. Vou esperar a minha vez, apesar das inquietações, dos desamores, do medo de quem não me entende. Porque para me entender não basta passar pela vida, é necessário entendê-la. A minha cabeça é quem me guia, eu amo o que penso, porque o meu coração bate ao ritmo do mundo que eu invento.
Perdoem-me por ousar escrever e pensar alto.
terça-feira, setembro 28
Integração
Como muitos sabem, eu sou há longos anos acompanhado no Departamento de Pneumologia do Hospital Pulido Valente, ( equipa da Profª Cristina Bárbara, Paula Pinto e Paula Pamplona).
Neste momento, vou lá esporadicamente, uma vez ao ano, em consultas de controle de uma noite, mas antigamente, quando era preciso adaptar Parâmetros de Ventilação, chegava a passar lá uma semana, (segunda a sexta).
Numa dessa estadias, aconteceu um jogo do Benfica na Luz para as Taças Europeias, (das janelas do Pavilhão de Pneumologia, vê se Alvalade e ouve-se o “bruá” da Luz em noites de jogo), com uma equipa de leste, salvo erro.
Nessa manhã de terça-feira, lamentei a minha tristeza, a brincar como é meu jeito, com o pessoal de enfermagem, por saber não ir ter alta no dia seguinte e ficar assim sem ver o jogo do Glorioso.
Qual não foi o meu espanto, quando na manhã seguinte, me entra a fisioterapeuta com uma televisão e antena debaixo do braço, pelo quarto a dentro.
- Senhor Joaquim, ontem ao jantar falou-se no futebol e eu comentei a brincar com a família a sua mágoa. Os meus filhos obrigaram-me a trazer a televisão do quarto deles, para você não ficar sem ver o jogo.
É esta a minha maneira de me integrar e interagir com todos.